Jesus continua a precaver os discípulos sobre a sua morte, mas ”os discípulos não compreendiam o que Jesus estava dizendo” e, paralelamente ao ensino do Mestre “servidor”, eles continuavam com as idéias de grandeza “discutido sobre qual deles era o maior”. Caminhavam “ao lado de” Jesus, mas não “com” Jesus. Queriam estar junto a Ele como uma oportunidade de se promover, não de servir.
Jesus, com paciência infinita, aproveita a oportunidade para ensinar
como deve ser a relação entre poder e serviço na comunidade cristã. Por
ser uma questão muito importante, ”Jesus se sentou” e assumiu a atitude de Mestre.
Na comunidade d'Ele não há discussão a respeito de quem é o maior porque “o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele que serve a todos”. Quando alguém quer ser o primeiro, surge a discussão porque sobram os demais (é uma tendência excludente). Mas, quando alguém quer se colocar em último lugar, para servir, não tem problema: sempre há lugar para todos (é uma tendência includente). O discípulo de Jesus está para INCLUIR a não para EXCLUIR.
A figura do garoto do evangelho é muito eloquente. Ele era filho, mas
tinha que obedecer e servir o pai. Quem em relação a Deus se comporta
como filho obediente e em relação aos outros como servidor, é o modelo
do novo estilo de vida que é preciso abraçar, assim como Jesus “abraçou a criança”
que tinha posto como exemplo? Isto, para ninguém duvidar de que o
ensinamento dado serve para a comunidade d'Ele e serve para qualquer
tipo de sociedade que seja considerada “cristã”.
Pe. Ciriaco S. Madrigal, OSA
www.osabrasil.org
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